segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

TPM - De novo (Como todos os meses)

Depois de um século de reclusão e meditação, voltei. Apesar de ter voltado com inúmeras idéias e fatos para contar, não poderia deixar passar esse ocorrido. As mulheres com certeza entenderão o que se passava dentro de mim, e os homens não – o que já era de se esperar (sem ofensas).

Era o segundo dia de venda dos ingressos do show do Metallica. Havia uma fila gigantesca na Saraiva, mas minha paciência ainda estava em um nível aceitável, apesar da TPM.

Quando estava chegando a minha vez, ouvi as pessoas da frente comentando: “Como assim, acabou?” Fiquei tensa, suando, bufando... Só faltava sair fumacinha dos ouvidos. Fui confirmar com a atendente e, de fato, só restavam os lugares mais caros. Com a verba limitada (pobre é uma merda), saí da fila com o rabo entre as pernas, já de mal humor.

Encontrei minha família e resolvemos jantar. Não sou uma pessoa que desconta raiva ou stress em comida, mas naquela noite tudo o que eu queria era um hambúrguer. Só que ninguém mais queria. Eles queriam comer massa no Ragazzo, então pensei com meus botões: “Ok, peço um hambúrguer lá!”

O restaurante fica do lado de fora do shopping e, ao entrarmos, fui procurar o toalete. Só encontrei a pia! Ou estava muito cega, ou não tinha banheiro naquele lugar! Perguntei para o garçom, e ele disse que era regra do shopping, e que eles não poderiam ter toaletes no restaurante – a pessoa teria que entrar no shopping para fazer o que ninguém mais poderia fazer por ela (mas é claro!)

Tudo bem, eu não estava apertaaaada, dava pra comer e ir depois. Mas isso agravou o estado Tepeêmico em que me encontrava. Sentei, com cara de bunda, e pedi um hambúrguer e um suco de abacaxi, NADA MAIS. E esperei. Então a garçonete se aproximou da mesa e disse: “Não temos hambúrguer.” “Como não tem hambúrguer?” (Eu estava indignada, pois é o básico! Se eles não tivessem manjericão eu até entenderia) E ela disse, apontando para um menininho que estava na mesa ao lado: “Acabamos de vender o último para aquele menino.”

Grrrrrrrrrr... Estado tepeêmico piorando, piorando... [alerta-alerta-alerta] Disse a ela que pensaria um pouco e que depois faria o pedido. Pouco tempo depois a garçonete (lazarentaaaaa) volta, com um sorriso no rosto e diz: “Quem pediu suco de abacaxi?” “Eu, por quê?” (sim, eu fui grossa)

“Porque acabou!” O_O

E ainda teve a coragem de dizer: “Ela tá com azar hoje, né?” Quase matei a desgraçada. Além de não ter porra nenhuma ainda vem zoar? Minha família rachando o bico, é claro. Chorei de raiva. Literalmente.

O mais engraçado é que você sabe que está na TPM, você sabe que está sensível e que pode fazer merda, você sabe de tudo o que se passa com seus hormônios. Mas não dá pra controlar!!!

Depois ainda ouvi: “Tieko, acho que vou morar minha vida inteira com você, pois pelo menos uma vez ao mês eu vou rir muuuuito”

¬¬’

Um comentário:

Alberto K. disse...

Não vou ter a pretensão de dizer que compreendo o que passa com as mulheres nessas horas... concordo que existem bastantes exemplos dessa coisa psicossomática em todos nós... E é uma coisa curiosa isso tudo: estava conversando com uma colega minha, que disse estar de TPM, sobre estágios e que ela havia conseguido fazer numa particular e falei sobre a proporção que parece que a faculdade de educação pedia com relação à estágios em escolas públicas e particulares e ela disse: "eu quero é que a faculdade se foda etc"... deu vontade de falar: beleza, quando eles encherem teu saco e vc tiver que fazer estágio de novo, não diga que ninguém avisou... mas vi que não ia valer a pena... uma resposta tosca daquela não merece nenhum tipo de réplica, por que não é feita usando racionalidade... pensei agora que, talvez, ela quisesse ouvir algo como: "que bom, né?"; mas também, vc sabe como sou chato às vezes... haha

Mas com relação ao texto, senti falta de umas metáforas aqui e lá no texto... talvez eu esteja ficando cada vez mais 'subjetivamente chato'...

Mas espero ver mais alguns textos por aqui, hem! hehe

Beijo!