quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lugares...

Dois lugares onde você encontrará as últimas novidades do mundo fútil: academia e salão de beleza. Pode parecer uma revolta, mas é fato.

Imaginemos o primeiro local. Ao entrar na sala de musculação o que vemos é um monte de homens bombados (outros nem tanto) e mulheres que tentam entrar em forma (algumas até que estão conseguindo... mais ou menos). Não quero dizer que todos os que freqüentam a academia são assim, tenho inúmeros amigos onde treino, mas convenhamos que a grande maioria está lá para ficar igual aos modelos de revista/se exibir para o sexo oposto (ou do mesmo sexo, também).

É até engraçado analisar as situações que, por acaso, se tornam rotineiras nesse tipo de ambiente. Uma delas é aquele grupinho de duas ou mais mulheres escandalosas comentando alguma coisa totalmente sem sentido para chamar a atenção, ou comentando da vida alheia, da roupa da aluna nova, do marido de não sei quem, do cabelo da outra lá, etc. Ontem mesmo presenciei uma cena reprovável. Estavam exibindo uma entrevista com o Kaká no telão, e duas mulheres começaram a “ter chiliques” ao vê-lo, comentando que ele é “fofo”, entre outros, se utilizando de um tom de voz extremamente desnecessário (e olhando para os caras sarados para ver a reação deles). Nada contra o Kaká (que pra mim não tem a mínima graça), mas não precisa de tudo isso, né? Um moleque, sem nenhum atrativo, ah... ok... Vocês entenderam!

Outra situação é quando o cara sarado, tipo “macho-alfa” começa a desfilar pela academia. Ele faz uns exercícios, desfila, conversa, desfila... E ainda faz questão de passar na frente de todas as mulheres presentes para mostrar-lhes a quantidade de músculos que um homem pode ter! Mas é só isso que ele tem, tadinho. E por mais que seja “o gostosão”, precisa se auto-afirmar o tempo todo, e se uma mulher ignora sua presença, ele faz questão de encontrar uma forma de chamar-lhe a atenção. Obviamente, há muitas mulheres que correm para “tirar uma casquinha”, sentir os músculos, e tal.

Mas mudando de assunto, vamos para um local onde a maioria das pessoas é do sexo feminino. Suponhamos que você resolva fazer as unhas, certo? Você senta, e a manicure começa a tirar a cutícula. Nesse curtíssimo período de tempo você já ficou sabendo de tudo o que aconteceu na novela, o que aconteceu com o vizinho da mulher ao lado, entre outros fatos super interessantes! Nada como fazer as unhas para ficar antenada. Melhor que isso, só conversando com sua depiladora sobre qualquer assunto, e a outra depiladora surgir do nada para palpitar! Às vezes me sinto meio anti-social nesses locais... Mas pior que isso é quando aparece um cara para ser atendido por uma podóloga e fala: “Já posso tirar a roupa? Ops, o sapato...”

Escrevi tudo isso, mas não posso negar que gosto de estar nesses locais (academia mais!). O negócio se torna até divertido, de tão previsível que é! Pode ser irritante, mas sempre será engraçado!

Você pode até arranjar amigos nesses locais, mas acho que, para a própria saúde (mental), o melhor é focar nos seus objetivos, seja a musculação ou as unhas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Meu dia de metrossexual

O Homem (o todo, não o gênero) tem esse estranho ciclo: quando menor, quer parecer grande, quando grande, quer parecer menor. Meu sonho de guri era ter aquelas barbas estilosas de mocinho de Hollywood; hoje eu acordo o Saddam Hussein pós confinamento a cada 3 dias e odeio isso. É fato pra quem tem: barba é um saco.

Mas hoje eu tive uma experiência diferente: tudo começou com um pelo encravado na altura do bigode, que vinha inflamando já faz um tempo. Decidir dar um fim ao cujo arrancando-o com uma pinça que uma das mulheres de casa guarda no armário. Bing! Eis o pelo fora em uma puxada não muito forte. Foi então que eu pensei "será que tirar o bigode todo assim é tão ruim?".

Pois bem, aceitei o desafio. Os primeiros fios começavam a sair, e puxada a puxada a dor aumentava. Em particular, algumas áreas doiam absurdamente mais. Revezava os lados para manter a dor 'constante' dos dois lados. Os pelos próximos ao nariz me irritavam profundamente (eu estou gripado) e os perto dos lábios doem absurdos. Foi inevitável um lacremejamento, mas segui a diante.

Constatei algumas coisas interessantes:

- a raíz dos pelos do meu bigode são imensos (não é a toa que essa desgraça brota na minha cara, mesmo um dia depois de fazer a barba);

- o negócio se torna uma compulsão: conforme você vai vendo sua pele 'lisinha', você começa a ficar com mais vontade de deixar o negócio nos trinques;

- tirar pelos com a pinça dói pra caralho;

Os resultados? Definitivamente meu bigode ficou fantástico! Nem o Mach3 conseguiria deixá-lo tão liso e sem aqueles pontinhos pretos. Vale a pena? Depende da sua paciência e tolerância a dor.

Tudo isso para sintetizar que vocês mulheres são realmente heroínas. Vá lá que vocês não depilam a perna com pinça, mas a dor para alcançar esse padrão de beleza é algo no mínimo digno da nossa consideração. Ou pelo menos da minha, a partir de agora.